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domingo, 29 de novembro de 2009

Joaquim Isabelinha


O ex-futebolista e sócio número um da Académica de Coimbra, Joaquim Gonçalves Isabelinha, morreu em Santarém, com 100 anos de idade.
O antigo jogador e sócio da “Briosa” há 80 anos, nasceu a 05 de Dezembro de 1908, em Almeirim, tendo estudado no liceu de Santarém antes de rumar a Coimbra, na década de 30 do século passado.
Médico oftalmologista, reformado há cinco anos, esteve internado no Hospital Distrital de Santarém e já não se alimentava.
O antigo jogador e sócio da “Briosa” há 80 anos, nasceu a 05 de Dezembro de 1908, em Almeirim, tendo estudado no liceu de Santarém antes de rumar a Coimbra, na década de 30 do século passado.
Antes de alinhar na Académica, enquanto estudante de Medicina na Universidade de Coimbra, até terminar o curso e rumar a Lisboa para se especializar em oftalmologia, Isabelinha jogou no Almeirinense e, durante o liceu, em Santarém, alinhou pelos Leões de Santarém.
Segundo o arquivo dos Veteranos da Académica na Internet, Isabelinha estreou-se na “briosa” com 21 anos, a 30 de Março de 1930, na derrota frente ao Sporting, por 7-1, tendo marcado o golo solitário dos “estudantes”, cuja camisola envergou 25 jogos, ao longo de sete épocas.
Em Santarém, onde instalou o seu consultório, no Largo do Seminário, Isabelinha é reconhecido por ter ajudado muitos dos seus pacientes mais carenciados: não cobrava consultas e tratamentos aos mais pobres e dava-lhes dinheiro para comprarem os medicamentos que receitava.
Ver em: O Ribatejo
Ver videos: v> Dr. Isabelinha
Dr. Isabelinha

Ver também: Dr. Isabelinha

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

D. Dinis

D. Dinis de Portugal



D. Dinis (1261-1325) era filho do rei D. Afonso III e neto de D. Afonso X, rei de Leão e Castela. Subiu ao trono de Portugal em 1279. Foi no seu reinado que o Português se tornou a língua dos documentos oficiais. Conhecido como rei lavrador, desenvolveu a agricultura e ordenou a plantação do Pinhal de Leiria. Foi também trovador, um dos maiores da sua época, tendo chegado até nós 138 cantigas por ele compostas.
Vermais em: D. Dinis

D. Dinis nasceu em 9 de Outubro 1261 ) e faleceu em 7 de Janeiro 1325, em Santarém. Rei de Portugal, filho de D. Afonso III e da infanta Beatriz de Castela, neto de Afonso X de Castela. Foi aclamado em Lisboa em 1279. Cognominado O Lavrador ou O Rei-Agricultor (pelo impulso que deu no reino àquela actividade) e ainda, O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador (pelas Cantigas de Amigo e de Amor que compôs e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca a que se assistiu no seu reinado), foi o sexto Rei de Portugal. Foi o primeiro rei português a assinar os seus documentos com o nome completo. Presume-se que tenha sido o primeiro rei português não analfabeto.
Ver mais em: D. Dinis

Fernão Lopes de Castanheda

Fernão Lopes de Castanheda (1500-1559) nasceu em Santarém e faleceu em Coimbra. Era filho do licenciado Lopo Fernandes de Castanheda que exercia o cargo de juiz de fora em Santarém. Estudou no Convento de São Domingos e em 1528 partiu para a Índia com seu pai, que tinha sido nomeado ouvidor de Goa. Regressou a Portugal em 1538 e em 1545 foi nomeado bedel do Colégio das Artes, assim como guarda do cartório e da livraria da Universidade de Coimbra. É nesssa altura que termina a História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses, começada a publicar em 1551 e traduzida para francês por de Nicolau de Grouchy, professor da Universidade. A História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses foi publicada em oito volumes, saídos entre 1551 e 1561, sendo traduzida, além do francês, para castelhano (1554), italiano (1578) e inglês (1582).

2.º Visconde de Santarém


Santarém (Manuel Francisco de Barros e Sousa de Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, 2.º visconde de).
Nascimento 18 de Novembro de 1791.
Falecimento 17 de Janeiro de 1855.
Senhor de Pontével, Ereira e Lapa, alcaide-mor de Santarém, Golegã e Almeirim; senhor do morgado de Vaqueiros, oficial-mor da Casa Real, guarda-roupa de D. Maria I, comendador das ordens de S. Tiago e da Torre e Espada e grã-cruz da de Cristo; grã-cruz da de Carlos III, de Espanha, oficial do Cruzeiro do Brasil; ministro de estado, guarda-mor da Torre do Tombo, sócio das Academias Reais das Ciências do Lisboa e de Berlim; do Instituto de França, das Sociedades de Geografia de Berlim, Franquefurte, Londres, Paris, e S. Petersburgo; do instituto Histórico e Geográfico do Brasil, etc.
Ver mais em: 2.º Visconde de Santarém

1º Visconde de Santarém


Santarém (João Diogo de Barros Leitão de Carvalhosa, 1.º visconde de).

Nascimento 18 de Abril de 1757.
Falecimento 12 de Janeiro de 1818.
Senhor de Pontével, Ereira, e Lapa, alcaide-mor de Santarém, senhor do morgado de Vaqueiros; comendador da ordem de S. Tiago; cavaleiro da de Cristo, guarda-roupa da rainha D. Maria I e de D. João VI, e seu guarda-jóias; tesoureiro do bolsinho, guarda tapeçarias, apontador dos foros dos reposteiros e moços da câmara; inspector da quinta de Belém e de todos os paços reais, escrivão da fazenda da Casa de Bragança, secretário da do infantado, guarda-mor do Lastro, etc.
Ver mais em:
1º Visconde de Santarém

Francisco Rodrigues da Cruz

Francisco Rodrigues da Cruz
O Padre Francisco Rodrigues da Cruz, nasceu em Alcochete no dia 29 de Julho de 1859.
Aos 9 anos ingressou, como interno, no Colégio Europeu e mais tarde, já como aluno externo, frequentou o Mainense, o Instituto Industrial e o Liceu, onde estudou retórica, grego e filosofia. Com 16 anos de idade, partiu para Coimbra, matriculando-se na Faculdade de Teologia.
Depois de ter concluído o curso de teologia em 1880, com o grau de Bacharel, e como não tinha a idade canónica para ser ordenado sacerdote, (contava apenas 21 anos incompletos) foi para o Seminário de Santarém ensinar Filosofia. A 3 de Junho de 1882 recebeu a ordem de presbítero, celebrando, a 25 de Junho, a sua primeira missa.
Todavia, em Santarém começou a sofrer um esgotamento que se agravou em 1886, ano em que foi obrigado a renunciar ao ensino, e em que, a convite do Provedor do Colégio dos Órfãos de S. Caetano em Braga, assume a direcção daquela instituição.
Com 81 anos ingressou na Companhia de Jesus, e celebra a sua última missa no dia 1 de Dezembro de 1947, já bastante doente. No dia 1 de Outubro do ano seguinte veio a falecer vítima de um colapso cardíaco.




O Padre Francisco Rodrigues da Cruz, o mais famoso sacerdote oriundo do território daquela que é hoje a diocese de Setúbal, nasceu em Alcochete, a 29 de Julho de 1859.
Ordenado a 3 de Julho de 1882, desempenhou funções de director no Colégio dos órfãos e director espiritual no Seminário de S. Vicente de Fora. Praticou heroicamente o que inculcava aos sacerdotes: «Confessar enquanto se apresentarem pecados, pregar enquanto houver ouvintes, e rezar até já não se poder mais».

Veríssimo Serrão

Joaquim Veríssimo Serrão



Historiador e professor universitário nascido em 1925, em Santarém. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas em Coimbra (1948) e foi leitor de Cultura Portuguesa na Universidade de Toulouse (1950), onde se doutorou. Entre 1967 e1972 dirigiu o Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris. Foi reitor da Universidade de Lisboa (1973), cargo de que foi exonerado, por pedido seu, em 1974. Da sua vasta produção destacam-se A Historiografia Portuguesa. Doutrina e Crítica (1972-1974), História de Portugal (12 volumes, 1977-1994) e Marcello Caetano - Confidências no Exílio (1985). Recebeu os prémios Alexandre Herculano (1954) e D. João II (1965).


Como referenciar este artigo:
Joaquim Veríssimo Serrão. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-23].
Disponível na www: .

Pedro de Santarém

(Pedro de) Santarém.
Diplomata.
Nasceu em Santarém, mas ignoram-se as datas do nascimento e falecimento.
Foi um jurisconsulto distinto, e no tempo do Rei D. Manuel I agente dos negócios de Portugal, ou como hoje se diz, cônsul português em Florença, Pisa e Leorne.
Escreveu um Tractatus perutilis et quotidianos de asecuratosnitus et sponsionibus mercatorum, que se imprimiu em Autuerpia um 1554, em Lião em 1579 e 1585. Saiu também nas miscelâneas intituladas: De Mercatura, edição de Lião, 1593; Veneza, 1589; e Colónia em 1609. Saiu finalmente junto com o Tractactus de Mercatura, de Benvenuto Strach, impresso em Amsterdão em 1669. Esta série de edições prova que Pedro de Santarém era autoridade em matéria de seguros e de outros assuntos comerciais.

Jurisconsulto e diplomata (séculos XVI e XVII). Provavelmente nascido em Santarém, fixou-se em Itália, actuando como agente de seguros de D. Manuel I em Florença, Pisa e Livorno. É por essa razão que as suas obras abordam sobretudo o Direito, enquanto ligado à actividade económica e, particularmente, ao comércio. É de sua autoria o Tractatus perutilis et Quotidianus de assecurationibus et sponsionibus mercatorum (1552), um importante tratado de seguros e de promessas entre mercadores. Desde a primeira publicação até 1669, a obra conheceu cerca de 20 edições, vindo a ser traduzida em Portugal em 1958.

(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Tirado de: Carreira da Índia





Pedro de Santarém ou Pedro Santerna foi um eminente jurisconsulto português. Sabe-se que tendo vivido no reinado de D. Manuel I, nasceu em Santarém, ignorando-se porém não só a data do seu nascimento como também a da sua morte.
Pelos seus méritos foi agente de negócios de Portugal, o que então equivalia ao cargo de cônsul em Florença, Pisa e Liorne.
Escreveu, segundo alguns dos biógrafos, vários trabalhos em latim sobre jurisprudência; no entanto, dele só conhecemos o Tractatus assecurationibus et sponsionibus mercatorum, publicado em 1552, pelo que Pedro de Santarém tem sido citado por variadíssimos autores portugueses e estrangeiros quando se fala do primeiro tratado de seguros.
Ver também em: Pedro de Santarém

PADRE FRANCISCO NUNES DA SILVA

PADRE CHIQUITO





Nasceu em Santarém no ano de 1790, tendo sido prior de São Julião, uma das treze paroquias em que ao tempo era dividida Santarém.
Falecido a 13 de Janeiro de 1869, foi modelo de virtudes, notabilizando-se pelo seu amor aos humildes. Em seu testamento dispôs que o rendimento do que possuía se destinava a «melhorar a sorte dos pobres», contemplando, entre outros, os «oficiais mecânicos» de Santarém que, sendo assíduos ao trabalho, tivessem 65 anos e fossem necessitados, dotando o Asilo de Santo António com o remanescente, depois de abonar-se cada um daqueles com 240 réis diários.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Dr.Teixeira Guedes

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Nome: Guilherme Avelino Chaves de Azevedo

Guilherme Avelino Chaves de Azevedo
Nascimento: 30-11-1839, Santarém
Morte: 6-4-1882, Paris, França.



Jornalista e poeta português, ligado à Geração de 70, nasceu a 30 de Novembro de 1839, em Santarém, e morreu a 6 de Abril de 1882, em Paris. Foi um dos representantes da poesia revolucionária introduzida em Portugal pelas Odes Modernas (1865) de Antero de Quental, sendo também influenciado por Vítor Hugo e Charles Baudelaire.



Ver em: Guilherme de Azevedo



António Ginestal Machado

António Ginestal Machado (Almeida, 3 de Maio de 1874 — Santarém, 28 de Junho de 1940) foi um advogado, professor liceal e político português. Entre outras funções, foi deputado, Ministro da Instrução Pública e Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) durante a Primeira República Portuguesa.




Professor, publicista, político e estadista republicano, António Ginestal Machado nasceu na vila de Almeida a 3 de Maio de 1874 e faleceu em Santarém - cidade onde se casou e fixou residência - a 28 de Junho de 1940.
Concluídos os estudos secundários no Liceu da Guarda, rumou a Lisboa, onde se diplomou na Escola Naval (1895) e depois no Curso Superior de Letras (1897).
Renunciando definitivamente a uma carreira de oficial de Marinha, dedicou-se à docência, tendo sido professor e também reitor (1911-1923) do Liceu Nacional Sá da Bandeira, em Santarém.
Antes da implantação da República, iniciou uma colaboração regular na imprensa, tanto local como nacional, e participou activamente na Liga Nacional de Instrução (criada em 1907 por Trindade Coelho e Borges Grainha) e na Junta Liberal (fundada em 1909 por Miguel Bombarda), tendo presidido às respectivas delegações na cidade de Santarém.




quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Passos Manuel

Santarém no Século XIX
Durante o Século XIX, Santarém voltou a estar ligada a alguns dos principais acontecimentos da História do nosso País. Para além de servir de palco das Guerras Peninsulares (quartel-general das III Invasões Francesas lideradas pelo General Massena), e sitiada pelo Duque de Wellington em 1810-11, (acontecimentos dos quais nos ficou uma narrativa de viagens do médico escocês e oficial do exército inglês, John Gordon Smith, extraordinário relato contemporâneo designado "Santarém or sketches of manners and costums in the interior of Portugal"), a urbe foi uma das cidades de primeira linha das lutas liberais.
Sá da Bandeira (Estadista e Militar), Passos Manuel (Estadista e Militar), Braamcamp Freire (Político) é exemplos de liberais nascidos e ligados a Santarém.




Passos Manuel
Manuel da Silva Passos (São Martinho de Guifões, Bouças, 5 de Janeiro de 1801— Santarém, 16 de Janeiro de 1862), mais conhecido por Passos Manuel, bacharel formado em Direito, advogado, parlamentar brilhante, ministro em vários ministérios e um dos vultos mais proeminentes das primeiras décadas do liberalismo, encarnando a esquerda do movimento vintista na fase inicial da monarquia constitucional, tendo depois assumido o papel de líder incontestado dos setembristas. Foi seu irmão mais velho, e inseparável aliado na vida política, José da Silva Passos, um também proeminente político da esquerda liberal. Ficou célebre a sua declaração de princípios: A Rainha é o chefe da nação toda. E antes de eu ser de esquerda já era da Pátria. A Pátria é a minha política.
Ver em: Origem: Wikipédia

Sá da Bandeira


Sá da Bandeira (Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, 1.º barão, 1.º visconde e 1.º marquês de).

Nasceu em 1795 e morreu em 1876. De seu nome de baptismo Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, foi o 1º Barão, 1º Visconde e 1º Marquês de Sá da Bandeira. Natural de Santarém, foi um dos vultos mais importantes do Liberalismo português. Iniciou a vida militar com apenas 15 anos, no combate aos invasores franceses, e participou em todas as campanhas militares liberais, e, essencialmente, na parte que nos interessa, foi bravo combatente e dirigente militar nas batalhas travadas com as tropas absolutistas de D.Miguel, nomeadamente durante o Cerco do Porto, nas quais se inclui a batalha do Alto de Sá da Bandeira, nome que lhe acompanhou os títulos nobiliáticos, e que por sua vez foi revertido, em sua homenagem, à nossa actual Rua Sá da Bandeira. Atingiu o posto de General. Foi o político liberal português com maior número de anos de governação, tendo sido presidente do Conselho de Ministros cinco vezes. Par do Reino desde 1834, foi o obreiro da abolição da Escravatura em todos os territórios portugueses, por ele decretada definitivamente em 1869.

Acontecimentos a que também está ligado:

1823-Golpe de estado absolutista - a Vila-Francada

1836-Revolução de Setembro

1836-Proibição de importação e de exportação de escravos nas colónias portuguesas a Sul do Equador

1851-Nomeação de Sá da Bandeira para Presidente do Conselho Ultramarino.

Ver também. Rua Sá da Bandeira




História da sua vida: Sá da Bandeira.


Anselmo Braamcamp Freire



Nascido de famílias fidalgas do Ribatejo, era filho de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º Barão de Almeirim, e de sua mulher e prima, Luisa Maria Joana Braamcamp de Almeida Castelo-Branco.
Com uma rara cultura, foi escritor, historiador e um dos fundadores do Arquivo Histórico Português, em 1903. Como arqueólogo e genealogista deixou um vasta obra, tendo sido em Portugal o precursor de genealogia científica, baseando todas as suas afirmações apenas em fontes fidedignas. Era grande coleccionador de arte, tendo formado uma notável pinacoteca, que legou à cidade de Santarém, assim como a sua biblioteca, com cerca de 10.000 volumes, entre os quais se encontram exemplares de livros antigos e raríssimos. A sua casa é actualmente a Biblioteca Municipal de Santarém.

D. AFONSO HENRIQUES 1109 - 1185



Em 1147 é Santarém tomada de surpresa.
Um pouco de História:
“Santarém torna-se então de primordial importância na estratégia de desenvolvimento, primeiro por ser um ponto forte de partida para os ataques que eram feitos a Leiria e Coimbra e depois como praça fundamental na defesa de Lisboa, que não seria conquistável, sem primeiro se conquistar Santarém.

É nesta linha de pensamento que actualmente incidem as opiniões dos historiadores medievalistas, que associam a conquista de Santarém ao facto de terem sido anteriormente "negociados" os apoios que viria a receber para concretizar a conquista de Lisboa.

Sendo pois imperiosa a conquista de Santarém, torna-se evidente que só um ataque de surpresa, poderia surtir efeito para tomar de assalto uma praça tão forte.

A surpresa sugere penetração na cidade durante a noite e exige segredo, "o segredo exige o pequeno número de combatentes, o pequeno número exige uma selecção rigorosa (J.Mattoso).

Assim na madrugada do dia 15 de Março de 1147, o pequeno grupo (talvez 120 pessoas) entra na cidade e submete-a rapidamente.

Tal foi a facilidade da conquista em apenas uma noite, sendo Santarém uma praça muito forte e rica, em contraste com os quatro meses que foram necessários para a conquista de Lisboa, que se pode questionar se não teria havido conivência de parte de alguém dentro da cidade.

Havia em Santarém muitos habitantes moçárabes (cristão de cultura árabe), pois a cidade apenas havia estado sob ocupação almorávida entre 1111 e 1140.

Outra questão interessante, conta-se, foi a forma que Afonso Henriques utilizou para romper as tréguas estabelecidas, entre as tropas portuguesas e Santarém, já que os usos da época determinavam que se não podia atacar havendo tréguas, sem primeiro avisar o inimigo”.

D.Afonso Henriques terá então enviado Martin Mohab, numa terça-feira a Santarém dizendo que as tréguas estavam "rotas por três dias", mas atacou dois dias depois do prazo indicado.

A isto chamou Alexandre Herculano uma "perfídia", outros dirão que foi muito inteligente e hábil, típica da arte de guerra.

D.Afonso Henriques foi muitas vezes hábil, demasiadas vezes esperto em fazer acordos e rompê-los, assim começámos a ser Portugal.




1109: Provável ano de nascimento, em Coimbra, do infante Afonso Henriques, filho do conde Henrique de Borgonha e de dona Teresa, bastarda do rei Afonso VI de Castela e Leão. No mesmo ano morre Afonso VI. Início da disputa entre dona Urraca, a herdeira legítima, dona Teresa e vários outros pretendentes ao trono. A briga pelo poder dura anos. - 1122: Afonso Henriques antecipa em sete séculos um gesto de Napoleão Bonaparte. Ignorando o cardeal que presidia a cerimônia, arma-se cavaleiro na catedral de Zamora. - 1128: Afonso Henriques luta contra a mãe, dona Teresa, e seu aliado, o conde galego Fernão Peres de Trava. As tropas de Afonso Henriques e dona Teresa se enfrentam no campo de São Mamede, junto ao castelo de Guimarães. O exército galego é derrotado. Esta vitória leva dona Teresa a desistir da idéia de anexar a região portucalense ao reino da Galícia. - 1129: No dia 6 de abril, Afonso Henriques dita uma carta em que se proclama soberano das cidades portuguesas. - 1135: Afonso VII, filho de dona Urraca, é coroado “imperador de toda a Espanha” na catedral de Leão. Afonso Henriques se recusa a prestar vassalagem ao primo. - 1137: Paz de Tui. Após lutar com Afonso VII no Alto Minho, Afonso Henriques promete ao imperador “fidelidade, segurança e auxílio contra os inimigos”. - 1139: Batalha de Ourique. Afonso Henriques vence cinco reis mouros. - 1140: Afonso Henriques começa a usar o título de Rei. - 1143: Provável Tratado de Zamora no qual estabelece a paz com o primo Afonso VII. Primeiro passo para a independência portuguesa. Afonso Henriques escreve ao Papa Inocêncio II e se declara - e a todos os descendentes - “censual” da Igreja de Roma. A palavra “censual” significa que Afonso Henriques é obrigado a prestar obediência apenas ao Papa. Na região que governa, portanto, nenhum outro poder é maior que o dele. - 1147: Afonso Henriques expulsa os mouros de Lisboa e várias outras cidades portuguesas. - 1169: Afonso Henriques é feito prisioneiro pelo rei de Leão, Fernando II. - 1179: A Igreja Católica reconhece, formalmente, a realeza de Afonso Henriques. - 1180: Final dos conflitos com Fernando II, de Leão, pela posse de terras na região da fronteira e costa da Andaluzia. - 1185: Afonso Henriques morre na cidade em que nasceu. Sua herança, além de imensa fortuna, é o Condado Portucalense, primeiro território europeu que estabelece sua identidade nacional.



Ver mais em: D. Afonso Henriques - 1º Rei de Portugal

Alexandre Herculano

Alexandre Herculano
Grande vulto da primeira geração romântica portuguesa, Alexandre Herculano (1810-1877) evidenciou-se essencialmente como romancista e historiador.




Escritor e Historiador. (Lisboa 28.03.1810 - Vale de Lobos, Santarém 13.09.1877). Estudou com os Oratorianos entre 1820 e 1825. Matriculou-se depois na Aula de Comércio e na Cadeira de Diplomática. A partir de 1867 radicou-se na sua Quinta de Vale de Lobos (Santarém), passando a dedicar-se exclusivamente a exploração das suas propriedades.

Ver mais em: Alexandre Herculano

Ver mais em: Alexandre Herculano


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Personalidades de Santarém

Algumas das Personalidades Marcantes que fizeram História em Santarém.

Mário Viegas





Mário Viegas
"A minha vida é o Teatro e o Teatro é a minha vida"
»» Mário Viegas foi actor e encenador, tendo-se dado a conhecer através dos seus recitais de poesia e da sua actividade teatral.
»» Nasceu em Santarém, a 10 de Novembro de 1948 e faleceu em Lisboa a 1 de Abril de 1996.




Bernardo Santareno




Bernardo Santareno
»» Bernardo Santareno licenciou-se em Medicina, embora se tenha destacado enquanto dramaturgo.


Foi médico em navios pesqueiros, como os da pesca do bacalhau. A sua vivência no mar, deu-lhe inspiração para a criação de várias peças teatrais alusivas a vida no mar.



Seu verdadeiro nome era: António Martinho do Rosário.
»» Nasceu em Santarém em 1920 e faleceu em Lisboa em 1980.





Almeida Garrett


João Baptista da Silva Leitão e mais tarde Visconde de Almeida Garrett, (Porto, 4 de Fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de Dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, Par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português.




Almeida Garrett
»» Almeida Garrett foi um importante escritor e dramaturgo romântico do Século XIX.
»» Nasceu em 1799 no Porto e faleceu em Lisboa em 1980, tendo passado parte da sua vida em Santarém, o que o levou a escrever poemas sobre esta cidade.





Algumas das personalidades que tiveram uma importante ligação à política/história da cidade ou do país são:


Pedro Álvares Cabral



Pedro Álvares Cabral
»» Descobridor do Brasil e importante figura na história de Portugal.
»» Nasceu em Belmonte, em 1467 e faleceu em Santarém no ano 1526.






Capitâo Salgueiro Maia


Capitão Salgueiro Maia
»» Salgueiro Maia esteve envolvido na Revolução dos Cravos em 1974.
»» Nasceu em Castelo de Vide em 1944 e faleceu em Santarém em 1992, tendo vivido nesta cidade grande parte da sua vida.




Ver também: 25 de Abril


À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil. A revolução resultou na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política (PIDE) dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Imóveis Classificados de Santarém



Santarém: Imóveis Classificados e Em Vias de Classificação do Centro Histórico.

Na sequência do projecto "Inventariação e Digitalização do Património Histórico-Cultural" e através de uma estreita cooperação entre este Instituto e a Câmara Municipal de Santarém, numa perspectiva de protecção e valorização do património, encontra-se disponível o mapa do Património georeferenciado do Centro Histórico de Santarém.

A cooperação existente entre as duas instituições passa pela disponibilização por parte da Câmara ao IPPAR da cartografia base do Centro Histórico da Cidade ( a qual engloba os limites de edifícios, passeios e muros) e da delimitação de 39 imóveis ( 32 classificados -14 Monumentos Nacionais, 13 Imóveis de Interesse Público e 5 de Interesse Municipal- e 7 em vias de classificação), assim como das respectivas zonas de protecção (17), zonas especiais de protecção (12) e áreas non aedificandi (8). A cartografia disponibilizada encontra-se à escala 1 : 1 000 o que permite a realização de pesquisas e análises de grande rigor.
Ver em: IPPAR

Casa Solidária das Artes e Ofícios

A Câmara Municipal de Santarém inaugurou quarta-feira a Casa Solidária das Artes e Ofícios, que visa dar apoio a situações de emergência social, fazer face a novas formas de pobreza e responder às necessidades das famílias carenciadas.

Alice Teixeira, psicóloga dos serviços de Acção Social da Câmara Municipal de Santarém, disse à agência Lusa que o espaço funciona com quatro valências.

O Espaço Solidário destina-se à recolha de bens (roupas, móveis, electrodomésticos, brinquedos e material didáctico) que serão depois entregues a famílias carenciadas referenciadas pelos próprios serviços da autarquia ou encaminhadas por outras instituições do concelho.

A Oficina Comunitária, um espaço criado em cooperação com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, vai permitir às pessoas em situação de desemprego a frequência de cursos de profissões muito valorizadas no passado, mas de que actualmente há carência, disse.

Os cursos irão formar canalizadores, electricistas, calceteiros, jardineiros, costureiros e cozinheiros, decorrendo a parte teórica no centro de formação profissional e a parte prática «nos vários contextos» da autarquia, desde a participação em obras em curso à realização de trabalhos em casas das famílias carenciadas ou ainda de reparação de bens entregues pelos munícipes e que se destinem a ser doados.

Ver Rádio Pernes.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Candidata a Patrmónio Mundial



Património Mundial


Centro histórico de Santarém e a importância de ser Património Mundial.
O reconhecimento de Santarém pela UNESCO (organismo internacional para a salvaguarda do património histórico e natural) é muito importante pois trará inúmeras vantagens para a cidade no seu todo. Além do prestígio internacional poderão obter-se, através desta classificação, importantes apoios para a recuperação, salvaguarda e valorização da cidade.





Rosalina Melro
Ser ou não ser Património Mundial foi o dilema com que Santarém, a Capital do Gótico, se debateu ao longo da última década do século XX.
A ideia de um projecto de candidatura aparece nos anos oitenta num breve artigo da imprensa local escalabitana em que se chama a atenção para a singularidade de estarem presentes nos monumentos escalabitanos exemplares notáveis da arquitectura e da arte de todas as fases do Gótico, desde a transição do românico, patente em S. João do Alporão, desde os traçados primitivos do gótico mendicante de S. Francisco, até ao flamejante trabalho artístico do maravilhoso templo dos frades gracianos calçados de Santo Agostinho, a conhecida Igreja da Graça, onde repousam os restos mortais de Pedro Álvares Cabral, o achador do Brasil.
Ver mais em. Tinta Fresca.

Mercedes